sábado, 29 de janeiro de 2011

Challenger.

Na data de ontem completaram-se 25 anos da explosão do ônibus espacial americano Challenger ( desafiante) durante o seu lançamento do Cabo Canaveral, estado da Flórida, EUA.
Eu, como sou um grande curioso desse assunto, não poderia deixar passar em branco. Essa viagem da Challenger era simbólica pois levaria ao espaço o primeiro civil ( os astronautas são todos militares, por ofício), a professora Christa McAuliffe ( cabelo preto, acima ).
Todos os tripulantes morreram e essa foi uma perda gigante para os projetos da NASA. Entre 1969 e 1972, essa agência enviou 6 missões tripuladas à Lua: Apollo Xl, Xll, XlV, XV, XVl e XVll e outra falhou, não conseguindo alunissagem ( pousar na Lua), a Apollo Xlll, a qual inspirou até um filme famoso ( Apollo 11) e a também famosa frase e já clichê '' Houston, we have a problem'' (o original foi: '' Houston, we had a problem'' assim mesmo no tempo passado).
Outra tragédia veio depois: em 2001 outra nave (Colúmbia) desintegrou-se na reentrada da Terra por problemas de isolamento térmico, sendo outro duro golpe no programa espacial da NASA. Essa última não tinha ido à Lua mas voltava da Estação Espacial, para a qual havia levado mantimentos e estudos científicos. Restam ainda 3 Space Shuttle ( naves espaciais): Atlantis, Discovery e Endeavour, todas ainda com condições de operação.
Devido ao fim da Guerra Fria e aos altos custos, as naves estão em processo de aposentadoria. O governo já está terceirizando novos dispositivos para viagens espaciais e deixando espaço para empresas privadas explorarem esse setor.
Ao todo, doze homens tiveram o raro privilégio de pisar a Lua. Mas não só pisaram, andaram de jipe lunar, jogaram golfe, fizeram a experiência da pena e do martelo, recolheram amostras (quase 400 kg de amostras de solo e rochas lunares, mil vezes mais que os soviéticos conseguiram com suas sondas automáticas), deixaram espelhos retrorefletores que são utilizados até hoje para medir a distância da Terra à Lua, e fizeram outras experiências mais.
Se o dinheiro der, os americanos pretendem uma missão tripulada a Marte até 2030.
Outros países também se destacam nos estudos espaciais: Rússia, China, Índia e Japão. A China recentemente enviou um astronauta à órbita terrestre. O Japão enviou sondas não tripuladas à Lua. A Rússia herdou o legado da URSS nessa área e ainda é muito respeitada, já tendo possuído uma estação orbital própria. Claro que ambos ainda estão muito atrás dos feitos americanos da década de 1960, pra se ter uma ideia. O Brasil paga à China, aos EUA e à agência espacial europeia para pôr em órbita seus satélites. Também pagou 10 milhões de dólares para a Rússia orbitar um astronauta tupiniquim, o Marcos Pontes. Há projetos de lançadores de foguetes desde a ditadura mas que não decolaram. A explosão da Base de Alcântara no Maranhão em 2003 jogou uma pá de cal no Programa Espacial Brasileiro matando 21 cientistas que eram a nata desse tipo de pesquisa no Brasil. Teremos de esperar outra geração. Aquela já foi pro espaço ( perdoem o trocadilho).
Soube que o Brasil está recebendo colaboração da Ucrânia, país já muito experiente, como ex-república soviética também.
O grande cientista e divulgador da pesquisa, Carl Sagan, dizia que '' a humanidade só terá futuro em escala universal, espalhando-se por outros planetas, sistemas e galáxias''.
Estamos muito distantes disso ainda. Mas quem ousa dizer esse dia não chegará?

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