domingo, 30 de janeiro de 2011

Revolta Árabe.

Continuam as revoltas populares no Oriente Médio e Norte da África. O Egito decreta até toque de recolher, sendo desobedecido por parte de sua população que sai às ruas pedindo mudanças. A Argélia passou por revoltas contra desemprego e inflação. Caiu o governo da Tunísia. Omã e Iêmen também provaram da insatisfação popular contra seus respectivos governos. No Líbano, o governo foi dissolvido ( lembra-se do João Santana?) depois da renúncia de um grande número de ministros abrindo espaço para o Hezbollah, grupo terrorista patrocinado por Irã e Síria, alavancar suas alianças e tornar-se majoritário no novo governo. Os sauditas já estão temerosos por suas cabeças e o coronel Kadaffi ( acima) já está de barbas de molho na Líbia.
Li hoje que até a ditadura de partido único da China está assustada com tudo o que está havendo no mundo árabe. O governo chinês censurou hoje a palavra ''Egito'' nos sites de busca do país, mostrando que o velho PC chinês ainda se assusta com a revolta da praça Tiananmen em 1989 e teme sua recidiva.
Não sei se essas revoltas farão bem ou não para esses países e para o mundo. Apenas me assusta a possibilidade de grupos fundamentalistas islamitas chegarem ao poder e começarem a sua jihad contra o Ocidente, já que é tudo o que pregam e por que existem.
Hoje, o Irã ( antiga Pérsia) estava afoito com a possibilidade do grupo Irmandade Muçulmana, a raiz de todo o fanatismo islâmico, já que foi o 1º grupo a pregar a jihad na prática, assumir o poder no Egito. O amigo do Lula, Ahmadinejad, que é presidente (quem detém o poder de verdade são os clérigos, que até escolhem quem pode ser candidato), disse que está para acontecer no Egito uma nova revolução islâmica, semelhante à que ocorreu em seu país em 1979, quando da volta de Komeini, e vibrou com isso.
É aguardar e vê aonde isso tudo conduz. Será que as ditaduras árabes estão com os dias contados? Será que, se caírem esses ditadores de hoje, o ódio ao ocidente será multiplicado pelos grupos fundamentalistas, já que são tratados no porrete pelos atuais governos? É melhor os governos atuais, que garantem na marra a quietude dos fanáticos? Quem ganhará com tudo isso, se houverem mudanças? Esses países estão preparados para um governo com moldes diferentes do atual? É o Islã compatível com as democracias ocidentais? Sinceramente, não tenho respostas. Estou aguardando o desenrolar disso tudo.
O Prof. Faé, que já palestrou na UPE sobre esse assunto, na época em que eu lá estudava, pode acrescentar respostas à essas perguntas.

2 comentários:

  1. A democracia é uma conquista contínua, não se faz da noite para o dia. Não se pode esperar muito dessas manifestações, pois são apenas fundamentalistas religiosos, que nada vão acrescentar ao mundo, pelo contrário. Tira-se uma ditadura para impôr outra muito mais perigosa!

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  2. Revoluções no Mundo Árabe: Epidemia da Força Popular
    Allan Mahet

    A queda de dois regimes ditatoriais no Oriente Médio/Norte da África proporcionou algo pelo qual o povo esclarecido e pensante do mundo aguardava, um exemplo. Um exemplo de movimento popular legítimo bem sucedido e longe de servir como massa de manobra. A confiança na vitória alimentou os anseios da população de diversos países que avançam sobre o poder instituído.

    Na Líbia, onde Muammar Khadafi (Gadhafi, Kadafi, etc.) está há 42 no poder, os protestos que reivindicam a saída do ditador, liberdade de imprensa, diminuição da pobreza e mais empregos estão sendo violentamente reprimidos, resultando em cerca de 1000 mortes até agora. Na Líbia, a pobreza extrema atinge cerca de 7,5% da população e 1/3 dos jovens não possuem condições de entrarem no mercado de trabalho.

    (...)

    Sua trajetória nessas quatro décadas não e de fácil leitura. O golpe que lhe colocou no poder deu fim à monarquia até então vigente. Logo de início Khadafi (Gadhafi, Kadafi, etc.) exigiu a retirada das bases militares norte-americanas e inglesas do país o que lhe conferiu bastante prestígio junto à esquerda mundial. Também proporcionou maior participação às mulheres na sociedade e mais tarde institui os comitês populares. Já esteve ao lado dos palestinos e depois os expulsou do país. Já comprou briga com Ronald Regan, mas se aproximou de Bush posteriormente. Apoiou movimentos de resistência contra o imperialismo ocidental, mas defendeu os Estados Unidos na guerra ‘contra terror’ e o eixo de mal e agora afirma que está sendo atacado por esse mesmo imperialismo ocidental. Esse mesmo Estados Unidos, hoje, lidera a campanha contra o líder líbio, defendendo sanções contra o país, que irão marginalizar ainda mais a sofrida população da Líbia.

    http://amahet.blogspot.com/2011/02/revolucoes-no-mundo-arabe-epidemia-da.html

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