domingo, 10 de fevereiro de 2013

ARTIGO - REYNALDO ROCHA



Reynaldo BH: ‘A mágica dos batedores de carteira acabou. A farsa mostra os dentes’

REYNALDO ROCHA
Havia uma herança, qualificada de maldita pelos asseclas dos corruptos que transformaram um país real em uma ilusão de circo.
Esta herança permitiu que embriagados governantes e mentirosas coléricas assumissem o comando do Brasil, E fossem mitificados. Como se tivessem participado de construções que sequer os admitiriam como auxiliares de pedreiro.
Como vulgares batedores de carteira, proclamaram-se donos do que roubaram. E tentaram mais: roubar a história.
Distribuiram cargos a incompetentes. Bastava que fossem fiéis ao comando da quadrilha. Ressuscitaram cadáveres que sepultamos em cova rasa. Uniram-se à podridão, a tal ponto que não conseguimos mais distinguir a lama do esgoto. São uma coisa só.
É caso de festejar o que está por vir? O retorno da inflação, o perverso imposto que sufoca a todos?
Não creio. Não quero. Não desejo.
Mas parece-me inevitável. Nada do que se disse, expôs e cobrou foi levado em conta. Os ignorantes orgulhosos preferiram debitar as críticas na conta de sempre: só discordam do governo iluminado os que sempre são do contra.
Reclamar do inchaço da máquina administrativa? Da ineficiência derivada da falta de planejamento? Da corrupção que multiplica por dois o valor de qualquer obra? Dos companheiros que nunca souberam administrar sequer uma loja de R$ 1,99? Da ingerência absurda do Estado na economia, só chamando a odiada (por eles) iniciativa privada quando não há mais conserto nem recurso?
Valeu trocar “privatização” por “desestatização”, como agora se lê?
A fórmula de FHC não era poção mágica. Era caminho, direção. Eles nunca entenderam isto. Os ignorantes que nada sabem fingem saber de tudo.
A Petrobras arrasada por Gabrielli e Lula. O BNDES reduzido a agência de socorro para amigos do governo. Fundos de pensões estatais aplicam mal e porcamente o dinheiro dos associados.
E assim se cria uma ilusão. Guido Mantega, como Cristina Kirchner, já é uma piada internacional. A credibilidade que o Brasil conseguiu ─ a duras penas ─ no governo FHC e foi mantida por Henrique Meireles (tucano, nunca aceito pelos geniais economistas do PT!) está perdida.
A nós resta a certeza de que virão dias difíceis. A mágica acabou. A farsa mostra os dentes.
Restará uma herança. Esta sim, maldita.
Na era da mediocridade, perdemos o que ganhamos.
A dignidade, a ética, a supremacia da verdade, o respeito ao estado de direito e à diversidade de ideias, isso já estava perdido.
Perderemos a última construção de governos anteriores.
Eles não se importam. Nunca se importaram com nada que não fosse elogio ou histérica idolatria.
O que vai sobrar?
Sem oposição, sem crítica e sem quem nos represente, resta observar o covil dos lulopetistas destruindo com as patas sujas o que nunca conseguiram entender.
E que nós, mais uma vez, teremos que reconstruir.
Resta saber com quem.

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