sexta-feira, 22 de março de 2013

EDUARDO E SERRA


Muitos estão criticando o encontro de Eduardo Campos com José Serra, o último candidato derrotado pelo petismo com Dilma. A arte da política é conversar, e Serra é um dos homens mais sérios deste país. Foi ministro da saúde no governo Fernando Henrique, e fez uma administração primorosa, ainda digna de elogios. Se tivéssemos ministros como ele, pelo menos na saúde tínhamos avançado muito mais. Quem duvida? Aliás, quando secretário do governo Montoro, quando nem se falava em ajuste fiscal, ele deixou, como secretário da fazenda, um estado praticamente sem dívidas, enxuto, para depois Quércia e Fleury, quase quebrarem o estado de São Paulo. Foi prefeito e governador de São Paulo, com exitosas administrações, e se apresenta como um autêntico social-democrata, desde quando foi exilado no Chile na época da ditadura. Quando exilado, aprofundaria os estudos, destacando-se como um economista de primeira. 
Eduardo, disse muito propriamente, que Serra, apesar de sempre estar na oposição ao petismo, sempre se mostrou, ideologicamente falando, mais perto dele, do que muitos da base aliada do governo. Lógico, pois a base aliada cabe tudo, de Renan Calheiros e Sarney ao pessoal ladrão do PC do B, os maoístas remanescentes. Serra é hoje hostilizado pelo mídia e até pelo PSDB, neste país de memória curta e burra como o Brasil. 
Serra pode se filiar ao PPS num projeto envolvendo Eduardo. Roberto Freire, que muitos imbecis da troglodita esquerda estadual, sobretudo os larápios do PT, consideram como um traidor, está fazendo a ponte entre Serra e Eduardo. É também uma grande figura da que poderíamos chamar esquerda social-democrata. Eduardo , Marina, Aécio Neves, juntos podem provocar um segundo turno nas eleições, e mesmo se as oposições perderem, projetar uma real e efetiva oposição ao petismo. 
Os petistas rosnam, com Lula articulando o que pode para minar a candidatura Eduardo. Que é a que está mais crescendo, tornando-a visível, o que mostra a competência do mesmo, passando de quatro para seis por cento. Eduardo está fazendo política. E é isto o que o Brasil precisa para livrar-se desta corja de assaltantes que tomou conta do país, com o maior estelionato eleitoral da história,  se apossando dos programas de Fernando Henrique, que tanto e tão inconsequentemente combateram no passado recente. Onde a mentira institucionalizada pela propaganda massiva, tenta convencer os brasileiros de que realmente são os responsáveis pelo mesmo tênue crescimento e inclusão social verificada nestes últimos vinte anos. Aliás, o crescimento deu-se pela pequena abertura proporcionada pela social-democracia brasileira ao capitalismo. 

UMA PERGUNTA

Se fosse na ditadura militar, mesmo bem depois na dita branda como governo do finado general Figueiredo, o mesmo dissesse que, por decreto, tinha acabado com a pobreza, a gozação e as críticas seriam generalizadas. Imaginem a turma do antigo Pasquim, e os grandes cartunistas nacionais, fazendo a festa. Os políticos da oposição fariam a festa, coim muita zoada, e ironias. Pois é: Dilma disse alto e bom som que segundo sua avaliação, ao pagar setenta contos para cada pessoa pobre, o Brasil teria acabado com a pobreza. E ainda falam que a imprensa é golpista. Esta turma de stalinistas precisam mesmo é de uma boa oposição. De verdade, como aliás eram os petistas no passado recente. Pau neles.  

3 comentários:

  1. Tudo o que foi dito acima tem suas raízes na falta de UMA REFORMA POLÍTICA onde todos os grandes partidos têm tido sua parcela de culpa.

    Foi o mal de Fernando Henrique Cardoso durante 8 anos e foi tambem o mal de Luiz Inácio Lula da Silva e será o mal daqueles que se elegerão em 2014.

    FHC juntou tudo e todos de 1994 a 2002 e Lula de 2003 a 2012.Também aqui no Estado de Pernambuco quando Dr. Jarbas Vasconcelos uniu todo mundo e depois houve a desagregação e agora está acontecendo também com o Govenador de Pernambuco.

    Mas quem criou tudo isto foi o INSTITUTO DA REELEIÇÃO do Poder Executivo.Quem está com a máquina pública nas mãos usa e abusa da compra do voto e de 4 em 4 anos partem para o tudo ou nada.

    Meu caro, Professor Rafael Brasil,eu não sei como foi que a maioria dos Prefeitos perderam as eleições de 2012 com suas máquinas públicas nas mãos?

    Ainda hoje eu fico pensando,o povo deve ter se cansado muito bem. Aliás eles passaram 8 anos de Jarbas de cima, 8 anos de FHC e 8 anos de Lula.

    Foi uma mudança geral e poucos se escaparam.Por exemplo, a Prefeitura de Ipojuca em Suape onde o Prefeito tem um filho Deputado Estadual e tem muito dinheiro, mas o prefeito perdeu.

    Seus comentáros são bem feitos,retrata um passado recente e que muitos Estudiosos , Estudantes, Professores e nós políticos em Geral não podemos de ler artigos desta natureza.

    São análises bem feitas e com um conteúdo extraoridinário.É muito bom a gente ler o contraditório porque aprendemos sempre e constantemente.Tem algumas palavras que pesam em nosso vocabulário,mas foram essas palavras tão pronunciadas por quem era oposição ao regime militar e aos governos antecedentes aos atuais.

    Afinal, eu gosto de ouvir e ler o contraditório das coisas.As suas críticas nos traz um grau de libertação, de instrução,de vitalização,de relaxamento e de orientação profundamente transformador.

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  2. Caro professor Zeca Barbosa :Concordo com você. Realmente o instituto da reeleição, deveria pelo menos ter muito mais salvaguardas. Particularmente, sou parlamentarista, mas, claro, tudo inserido numa grande reforma política. Aliás, você sabia que o mais sério projeto de reforma política que ainda dormita no senado foi de Marco Maciel? Precisamos de reformas, não só a política, mas a mesma seria , digamos, a mãe das reformas. Muito boa sua postagem, e obrigado pelas palavras elogiosas, que, não vou negar me incentivam. Cordialmente, Rafael Brasil.

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  3. Serra ta igual moleque da barriga grande, não se cansa de levar surra. Vai levar outra tunga do PT e fica feio pra Eduardo, que vai entrar de bobo da corte. Tudo mercenário o que é o dinheiro publico para esses lixos...

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