quinta-feira, 25 de abril de 2013

LUCINHA PEIXOTO - DEU LULA NO THE NEW YORK TIMES



Deu Lula no The New York Times





Eu, ontem, em minha ronda pelos blogs me deparei com uma postagem primorosa no blog do Hadriel, o conterrâneo do Zezinho de Caetés e bom-conselhense de coração, que juntos, com o Rafael, vão ainda proclamar, a partir de Caetés as bases de uma república liberal (no bom sentido) no Brasil. Eu ainda tenho uns ranços sociais democratas, embora com as besteiras que andaram fazendo pela Europa, estes ranços estão cada dia menores.

A postagem tem como título uma pergunta (pode ser vista aqui): “Quem escreverá pelo Lula no The New York Times?” e o texto, como sempre é primoroso. Ele diz tudo que existe de surreal na proposta do New York Times, para o Lula ser um colunista do jornal. Quem pensaria que se chegaria a um mundo onde o ex-apedeuta-mor recebesse um convite de tal natureza?

Ninguém ficaria surpreso se ele fosse convidado para brigas de galo, bailes de debutantes, desfile de escola de samba, rodas de samba, etc. e todos ficam estupefatos com o convite para o amante da Rosemary para ser colunista de um jornal americano. Por que será que isto acontece?

O Lula, todos sabem, e o Hadriel diz muito bem, nunca escreveu um bilhete sequer, dormia quando pegava num livro, sempre proclamou a ignorância como meta para aqueles que pretendem um dia chegar a presidência, além de ser  um ardoroso defensor da quadratura da Terra para se reduzir o aquecimento global. Ou seja não tem um perfil de colunista de jornal, mesmo que fosse para escrever na parte de receitas culinárias, porque o problema não é que ele não saiba fazer uma boa rabada (embora goste mais de comer a da Rose, e não pensem besteira, pois dizem que a rabada que ela prepara é melhor do que a de Marisa), e sim porque não sabe escrever, e nem ler de “carreirinha”.

No entanto, isto não é problema para ele, porque seus companheiros intelectuais já estão brigando para escrever por ele no jornal americano. Se for para escrever música ou sobre ela, ele terá o Chico Buarque, sim, aquele que, segundo o Reinaldo Azevedo, deveria devolver o Prêmio Jabuti, pois ganhou com a ajuda dos companheiros. Se quiser escrever sobre filosofia, a Marilena Chauí estará a postos. Se for para escrever sobre leis, o Dias Tofolli está a postos, ou mesmo o Lewandowsky. Se for para escrever sobre economia, hoje já está difícil de encontrar quem o faça, pelo menos se for para defender a política econômica da Dilma, mas o Delfim Neto sempre esteve a postos para isto. Se quiser escrever sobre arquitetura, o Niemeyer morreu, mas, sempre é possível encontrar outros. E se quiser mostrar alguns dotes literários, para que serve o Sarney, e seus maribondos de fogo? Se quiser escrever sobre o sistema carcerário brasileiro não precisa nem ler Memórias do Cárcere, basta chamar o Zé Dirceu, que, segundo dizem já conhece todo mundo no presídio de Tremenbé. Se quiser saber sobre como se usa o sistema bancário brasileiro, o Marcos Valério não recusaria desde que entrasse no programa de delação premiada.

Então não há porque perguntar quem escreveria por Lula. Há muitos. A não ser que ele não queira depender de tantas pessoas assim. Então ele escolheria aquela que sempre esteve com ele nas horas mais importantes de sua vida como presidente, e que também, pode dar aos textos aquele ar de analfabetismo necessário para não produzir desconfiança de autoria, e ao mesmo tempo sabe escrever e-mails como ninguém. E para escrever pelo Lula não precisa mais do isto.  E, além disto, não levantará suspeitas porque faz muito tempo que ele não toca no nome dela. Até nisto o homem é esperto: será a Rosemary.

Depois desta nova atividade, e rumo a Academia Brasileira de Letras, como prevê seu conterrâneo Zezinho de Caetés, não há porque o Roberto Almeida não tirar do arquivo seu projeto da Estátua para Lula. Sem a Rosemary, é claro.

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