segunda-feira, 20 de maio de 2013

INFLAÇÃO CONTINUA



Mercado financeiro contraria discursos ufanistas dos palacianos e mantém previsão de inflação

Tudo na mesma – Consultados semanalmente pelo Banco Central, economistas das mais importantes instituições financeiras em atividade no País mantiveram a projeção para a inflação neste ano e em 2014. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 5,80%, tanto para 2013 quanto para o próximo ano. As informações constam do Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (20).
A projeção de inflação está acima do centro da meta, que é 4,5%, o que vem ocorrendo há muito tempo, sem que os palacianos tenham encontrado nesse período uma forma de derrotar o mais temido fantasma da economia.
Com a responsabilidade de fazer com que a inflação pelo menos convirja para o centro da meta, o BC usa a taxa básica de juro (Selic) como instrumento para cumprir sua missão. Atualmente a Selic está fixada 7,50% ao ano, após alta de 0,25 ponto percentual na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom).
Devido à alta da inflação, a expectativa dos analistas das instituições financeiras é que o Copom volte a elevar a Selic na reunião deste mês, marcada para os próximos dias 28 e 29. A mediana das expectativas (desconsidera os extremos das projeções) é que a Selic suba para 7,75% ao ano. Ao final de 2013, a projeção é 8,25% ao ano, a mesma para o fim de 2014.
Esse cenário de previsões aponta para a dificuldade do governo de reverter a crise, que tem ingredientes complexos e preocupante. Até recentemente, Dilma e o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda) apostavam no consumo interno como saída para a crise. Diante do óbvio, abandonaram a teimosia e mudaram de ideia. A grande questão está em como resolver um problema que se agrava a cada novo dia que surge.
A solução seria o governo investir em infraestrutura, mas a paralisia que impera no Palácio do Planalto levou o PT a trocar o antigo discurso da estatização pelo da privatização. Acontece que a privatização – o governo fala em concessão – exige a fixação de regras e o cumprimento da legislação vigente. E isso demanda tempo. Ou seja, o Brasil continuará no desvio, com a conta chegando sistematicamente ao bolso dos brasileiros.

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