segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

BOLSONARO É A DIREITA PREFERIDA PELA ESQUERDA - RAFAEL BRASIL

O deputado Jair Bolsonaro é a direita que a esquerda prefere. Cai muito bem no figurino construído durante décadas pela esquerda, da direita autoritária e proto-fascista.  Por causa da ditadura militar, ser de direita passou a ser sinônimo de adeptos do fascismo e da truculência inerente ao finado e de tristíssima memória  movimento. Aliás, Getúlio flertou, durante a ditadura do “Estado Novo”, com o nazi-fascismo. O seu regime em muito se assemelharia aos movimentos totalitários da década de 30, sobretudo na propaganda, caracterizada essencialmente no culto à personalidade. 
No dizer do historiador Marco Antonio Villa, a esquerda já anistiou a ditadura do Estado Novo, pois, depois da guerra, mais especialmente na eleição de 50, o então partido comunista se aliaria ao varguismo ,  mesmo diante do fato de que Vargas, em sua sangrenta ditadura, entregou Olga Benário, esposa de Prestes, Judia e agente da internacional comunista, a gestapo, a polícia política nazista. Fato naturalmente aceito pelos comunas, pois segundo a ideologia stalinista, nada poderia ser feito em contrariedade com os interesses do partido e da revolução socialista. E, no entender do partido, Vargas encarnava o sentimento nacionalista de cunho antiamericano, portanto tinha tudo a ver com a visão da política externa da então União Soviética. Seguir os ditames da política externa soviética significava um ato não só de lealdade, mas  de proteção a então “pátria do socialismo” a URSS.  Desde aquela época que as esquerdas mantem uma aliança tática com os nacionalistas.
A ditadura estado-novista foi muito mais repressiva do que a dos milicos de 64. Que teve períodos mais ou menos autoritários, conforme a conjuntura. Castelo teve o apoio de grande parte da sociedade civil e inclusive de políticos como Juscelino. E no golpe, não teve derramamento de sangue. Não houve resistência à esquerda. Castelo pretendia logo mais entregar o poder aos civis, mas o sistema militar estava se impondo, com a devida ajuda dos radicais de esquerda, àqueles que defendiam a chamada luta armada e o terrorismo. Com esta substancial “ajuda”, Costa e Silva foi entregando o barco aos radicais, defensores de um maior fechamento do regime. Fato que aconteceu no final de 1969 com a edição do AI-5, um golpe dentro do golpe. Em outros termos, maior repressão.  Aí quem pagou foram todos, de radicais a liberais, passando pelo clero da Igreja Católica. Porém, mesmo com  o famigerado AI-5, jornais como O PASQUIM, circulavam livremente, e a censura não era total, como no estado novo varguista em que um instituto chamado DIP (departamento de imprensa e propaganda) praticava uma censura total. Aliás, os presos da ditadura varguista em termos absolutos foram mais numerosos do que na ditadura militar. Cerca de sete mil, contra cinco da ditadura militar. Embora o tempo de duração da ditadura militar tenha sido bem maior, vinte anos, contra sete da ditadura varguista. Quem duvidar, que vá estudar um  pouquinho de história, que afinal, não faz mal.
Bolsonaro é a direita na visão premeditadamente estereotipada pela própria esquerda. Na verdade a direita que conta é democrática. Sobretudo essencialmente a direita liberal. Justamente àquela que defende a proeminência do indivíduo sobre o estado. Que defende a liberdade econômica e política. Que é a favor da privatização radical na economia e da formação de um  novo pacto federativo no Brasil. Ademais, o processo de agigantamento do estado foi justamente iniciado no período Vargas, a partir de 1930, radicalizado com o advento do estado novo, a maior ditadura da história republicana nacional. Quem defende estatais, são os nacionalistas e  as esquerdas. Querer apontar a direita nos moldes de Bolsonaro seria como querer caracterizar as esquerdas nos moldes de um Lula, ou mesmo de um membro do PC do B. O primeiro prima pela ladroagem, o segundo pela burrice e boas doses de psicopatia social. Aliás o PC do B não apoia a Coréia do Norte? Por que ninguém fala nessas coisas?  Lula e o PT não estiveram “namorando” o Irã, um dos países que mais desrespeitam as minorias? Por que não falam da opressão às mulheres e homossexuais do Irã? E do resto dos países islâmicos?
Em síntese o que eles tem medo é de uma direita democrática e civilizada.  Aliás a maioria da classe média, que um dia já esteve com o PT e com o esquerdismo. E que foi traída por toda essa gente que insiste em afundar ainda mais o país. Mas quem trabalha e produz não votou no PT. Como sabemos  quem votou em Dilma foram os mais variados clientes do estado falido nacional. Desde o empresário e o dono de empreiteiras, mancomunados com os corruptos do partido no poder, aos pobres com medo de perder o bolsa-família. Estarei errado?

  

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