Cresce de uma forma meio desorganizada, mas consistente, o
que poderíamos chamar de embrionário movimento conservador no país. E isto é
uma ótima notícia, diante dos descalabros éticos, portanto de valores, não só
dos políticos, mas, para usarmos um termo gramsciano, de concepções do
mundo.
Como bem disse em recente artigo Ruy Fabiano, um homem de esquerda, que a agenda esquerdista do
politicamente correto não condiz com a grande maioria da população , que é
essencialmente conservadora.
Estes setores mais ideológicos contam segundo Fabiano, não
mais do que 10% da população, oriundos de setores da classe média dita
intelectualizada, que circundam o meio universitário, que, aliados com a grande
maioria midiática e setores do judiciário, querem impor a grande maioria
silenciosa do Brasil profundo sua pauta. Abortismo, gaysismo,
sócio-construtivismo nas escolas, relativização e leniência com a violência, e
vai por aí.
E existe uma saudável reação conservadora na Igreja Católica,
colocando em xeque os cânones da tão propalada “teologia da libertação”. Afinal, foi sob a hegemonia do pensamento
esquerdista na Igreja Católica que a mesma perdeu terreno para as igrejas
evangélicas, que são os alvos principais destes setores ditos “progressistas”
que querem impor à sociedade uma agenda essencialmente em confronto com muitos
dogmas do cristianismo.
Como diria Ferreira Gullar, a história se move. Nos
subterrâneos. Este Brasil profundo está órfão. Quer ser ouvido, e está
apavorado com a violência entranhada em todos os setores da sociedade. Nas
ruas, no trabalho , nas escolas, só para ficarmos nestes exemplos. E por falar
em Ferreira Gullar, o mesmo disse muito claramente, que não adianta querer
doutrinar as pessoas, sobretudo nas escolas, tentando falsear a realidade e tentando
reescrever a história. A realidade sempre se impõe. Não adianta querer teorizar
contra os fatos. E os fatos demonstram que devemos , mesmo tardiamente, adotar
de vez o capitalismo moderno, e retomarmos a tradição de preservarmos a família
que é a base fundamental da sociedade.
Oxalá que o Brasil se renove pela tradição, o que pode, para
os incultos parecer uma contradição em termos. Afinal nem tudo que é novo é
bom, nem tudo que é velho é ruim. E vice-versa. Que o Brasil retome seu
rumo à modernidade econômica, e, ao mesmo tempo, preservando os valores mais
tradicionais como a família, e a favor da vida como os elementos essenciais do
pensamento cristão.
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