domingo, 20 de setembro de 2015

Estatais dependentes e inchadas: reportagem mostra o abuso político nas empresas geridas pelo governo


Diante de tudo isso, só mesmo fatores ideológicos que cegam ou interesses obscuros para condenar a privatização

Por: Rodrigo Constantino  
O petróleo é deles!
O petróleo é deles!
Uma reportagem de destaque no GLOBO de hoje mostra como o governo inchou o quadro de pessoal das principais estatais brasileiras e como elas ainda drenam os recursos públicos que teriam destino melhor se investidos em segurança ou justiça. A quem interessa manter um estado empresário desses? Quem ganha com isso? Diz o jornal:
Dados levantados pelo GLOBO no site do Departamento de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Dest) mostram que essas empresas saíram de um total de 36.488 funcionários em 2009 para 47.433 em 2013, um aumento de 30%, ou quase 11 mil contratações. Os números se completam com os dados do Orçamento federal que revelam que, entre 2009 e 2014, os recursos destinados ao pagamento da folha dessas companhias saltaram de R$ 3,5 bilhões para R$ 7,3 bilhões no ano passado. Enquanto os recursos dobraram, os investimentos dessas empresas tiveram um crescimento mais modesto, de 47,2% no período. Os valores investidos somaram R$ 4,3 bilhões e representaram menos de um terço (28,5%) do Orçamento da União com essas empresas, que foi de R$ 15,1 bilhões.
O papel das estatais é posto em xeque no momento que o Brasil perdeu o grau de investimento de uma das principais agências de classificação de risco, a Standard & Poors, este mês, por não ter conseguido cortar gastos públicos, e o país corre o risco de ter o terceiro déficit fiscal seguido no ano que vem.
[…]
Ao todo, a União tem 143 estatais, segundo os dados mais recentes do Dest, de 2013. A maioria faz parte do Grupo Petrobras (54) ou da Eletrobras (20). Há também as independentes do Setor Produtivo Estatal (SPE): são 33 empresas não financeiras, nas quais a União quase sempre é acionista majoritária ou mesmo única. São exemplos a Telebras e companhias Docas de vários estados.
Quase 150 estatais! Por que o estado precisa delas? Quem realmente acha que a iniciativa privada faria um serviço pior na exploração de petróleo, na oferta de energia, na armazenagem de grãos, na gestão de transportes? Alguém já ouviu falar em PetroUSA? Pois é, mas em PDVSA sim, não é mesmo? E a estatal de petróleo venezuelana tem servido para perpetuar no poder, com muita corrupção e abuso, um governo ditatorial que persegue opositores, enquanto os Estados Unidos possuem gasolina de boa qualidade e barata, com várias empresas privadas competindo no mercado.
Essas estatais brasileiras são palcos de corrupção, uso político, cabides de empregos, incompetência, tudo isso onerando os cofres públicos com recursos escassos que poderiam ir para segurança, justiça, saúde ou educação. Alguns podem rebater que a Petrobras, por exemplo, dá lucro, mas ignoram o conceito de custo de oportunidade: sua lucratividade é bem menor do que seria se fosse gerida pelo setor privado, e a montanha de recursos que o governo investe teria melhor uso em outras áreas. A arrecadação de impostos aumentaria muito se ela fosse privada e mais lucrativa, exatamente como ocorreu com a Vale, a Embraer e tantas outras. E, claro, não haveria o “petrolão”.
O estrago que o estado causa nessas empresas é tanto que a Telebras, quase 20 anos depois de ter todas as operadoras privatizadas, continua drenando recursos do Tesouro com a holding que restou, uma casca oca que o PT viu como oportunidade para meter seus tentáculos pegajosos. O prejuízo da estatal no ano passado foi de R$ 117,3 milhões. E o Tesouro entrou com pelo menos R$ 725 milhões para que a companhia repaginada investisse num satélite. Não faz sentido isso. A existência da Telebras não faz o menor sentido!
Do ponto de vista dos consumidores e pagadores de impostos, claro. Pois do ponto de vista de seus funcionários, muitos indicados por afinidade política, e dos políticos corruptos, ela faz todo sentido do mundo! E eis o ponto-chave aqui: esse estado empresário não é eficiente para os consumidores dos seus serviços ou para quem paga a conta, que somos todos nós, trabalhadores da iniciativa privada por meio de nossos pesados impostos. A quem, então, interessa manter esse modelo estatizante?
Responder essa pergunta é compreender por que tantos sindicalistas, artistas engajados e políticos de esquerda condenam a privatização. São eles que mamam nas tetas das estatais, à custa do povo brasileiro. São eles que se beneficiam do estado empresário, sempre ineficiente para a sociedade. Todos os demais deveriam fazer coro e bradar aos quatro cantos do mundo: Privatize Já!
PS: Até mesmo o esquerdista PT tem tido que privatizar algumas empresas ou partes dela, por extrema necessidade de caixa após sua incompetência e sua roubalheira falirem o estado. Só que fazem isso da pior forma possível, sem planejamento, sem transparência, e preservando para o estado as partes ruins, mas que justificam pesados investimentos, foco de corrupção sempre. É o que mostra a coluna de Ancelmo Gois hoje, citando o especialista Adriano Pires:
adriano pires
O correto seria privatizar a Petrobras toda, assim como a Eletrobras, o que restou da Telebras, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o BNDES etc. Infelizmente, ainda são muitos os brasileiros que não entendem as vantagens desse caminho liberalizante. E nenhum partido, nos 30 tons de vermelho, tem coragem de defender o que é certo. Mas isso vai mudar, pois agora vem algo NOVO aí!
Rodrigo Constantino

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