Quando Jovem, lá pelos idos do final dos anos 70, foi lançado um excelente projeto cultural, vejam bem, ainda durante o regime militar. Que naquela época era o que poderíamos chamar de dita branda, ou mesmo situação autoritária. Quase não existia censura, e os chargistas faziam a festa com os integrantes do governo militar. Os últimos, Geisel e Figueiredo. Foi o projeto Pixinguinha, com shows musicais a preço de banana circulando em todo o país.
A entrada era uma mixaria, e estes shows eram realizados no final do expediente, ou das aulas diurnas, no horário das seis e meia. Daí o nome do projeto, Pixinguinha, que era popularmente chamado de "seis e meia".
Normalmente os shows traziam nomes da velha guarda, e os novatos de então, e foi uma excelente safra. Simone com Mariza Gata Mansa. Marília Medahla com Zé Keti. E ía por aí. No show de Marília Medalha com Zé Keti, gazeei uma semana de aulas chatíssimas da faculdade de direito, que graças a Deus deixei de lado, para desgosto do meu pai. Estes shows eram realizados no Teatro do Parque em Recife.
Soube agora pela internet que o ministro da cultura Roberto Freire vai retomar o projeto. E vem seguido do que ele batizou do Mambembão. Ou seja, uma abertura para o teatro amador e popular.
Eis uma ótima iniciativa. Chega do ministério da cultura financiar medalhões. No meio da turbulência também temos boas notícias. Roberto Freire é um homem sério, é o que poderíamos chamar de uma esquerda verdadeiramente democrática. E esta iniciativa prova o que digo.
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